sábado, 4 de abril de 2009

ROTEIRO

Por onde começa?
O que sabemos e aquilo que não sabemos
Vivemos por viver, como artista atrapalhado.
Fazemos do mundo nossa brincadeira de arte
Borrando nossos dias
Encenando nossa passagem, sendo eu meu próprio personagem.
Nessa comedia dramática
Não a platéia, nem cortinas abaixadas.
Nem ultima cena, falta o final perdido.
Falta fundamentar o roteiro sem sentido
Cenas mortas, com flores ao redor.
Flores sem vidas, cheirando a cadáver.
Retratos sujos de poeiras finas
Ventos soprando folhas secas que bailão pelo ar
Ventos que fazem tremer a velha janela
Que fazem uivos de melancolias
Numa estação de outono
Delírios nos sonhos
Delirantes noites de insônia
Minha cabeça dói, com os risos do mundo
Só eu vivo as vezes nesse planeta
Vejo tudo de olhos fechados e ninguém entende
Estou e ninguém me vê
As vezes surjo como um raio na noite de temporal
Como o som da chuva no telhado
Chuva que segue a direção do vento
Vento esse que me leva por lugares que nunca vi
Procurando coisas que não sei o que são
Abro meu coração, caminho entre sombras e raios de luz
Escondo minha alma da personalidade que me abita
Vivo todas minhas ausências
Querendo encontrar aonde eu possa começa
Tudo novamente, um fundamento
Uma cura ao sangue que insiste em marca
A dor que insiste em doer
Caminhar até a luz sem queimar meus olhos
Ver flores perfumadas e com vidas
Para não viver sozinho, queria não esta nesse caminho
Queria eu não mais interpreta o que sou e ser apenas eu mesmo
Para começa a viver a minha vida...