terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A VALSA DO HOMEM PERDIDO
Nesse ultimo ano eu morri
Me perdi, me destrói.
Tive insônia, noites mal dormindas
Dias mal vividos
Trabalhei durante longas jornadas
Tentando desvia pensamentos
Escapar dos meus medos
Fugir do caminho que foi destinado a mim

Quis acreditar nas pessoas
Perdi a confiança, perdi meu tempo.
Tempo que permanece soberano a tudo
Tempo doloroso guardião dos meus dias
Tempo travessia entre vida e morte
O veneno e a cura bipolar
O tempo que cultiva minha paciência
O tempo que curioso me deixa

O segredo não esta em correr atrás das borboletas
E sim em ter um bom jardim
Que voem as lindas borboletas
Que já foro lagartas tristes

Perdidos entre o mundo metafísico
O conceito é estranho e engraçado as vezes
Pode se transformar...
O tempo passa
O tempo passa
A vida muda
Lagartas virão borboletas
Dias mal vividos
Acontece sem querer
E acreditar? Acredito em mim

Na era do mundo curioso
O passado é uma ilusão da memória.
E o futuro e o que vai ver depois que piscar
Meu conceito talvez tenha mudado já
Olhando pr cima de mim
Mas continuo sendo sempre eu acima de tudo isso
Quem fui, quem sou, e serei

sábado, 13 de dezembro de 2008

LUAR

A lua da noite passada!

domingo, 9 de novembro de 2008



ERA PARA SER… OU NÃO ...


Era para ser um simples sorriso.
Mas o artista, desastrado, derramou água em sua tela
E eis que ficou apenas uma mancha, uma sombra.
Algo disforme, nada mais.

Era para ser um coração.
Mas a criança, descuidada, deixou cair seu cofre.
Só ficaram pedaços.
Estilhaços à espera de conserto (tem?).
Uma porção de cacos. Apenas isso.
Era para ser um caminho. Linha reta.
Bastaria seguir adiante. Em frente.
Mas eis que surgiram curvas, penhascos, perigo à vista.
Foi mais fácil pegar um atalho. E se perder




Era para ser uma oração.
Um mero ajoelhar de agradecimento. Devoção. Comoção.
Mas veio o inesperado. O imprevisto.
E transformou tudo em revolta. Súplica. Desespero.
Era para ser verdade.
Verdadeira como o olhar de um bebê.
E, então, veio a dissimulação, a falsidade, a mesquinharia.
E tudo virou mentira. Engano. (Des)Ilusão.
Restou o descrédito. A dúvida. A Insegurança.

Sim, deveria ser um conto de fadas.
Um pouco de fábula no meio do dia. Ao meio-dia.
Só não contava com a realidade. Fria. Cruel. Calculista.
A opção (teve?) foi acordar do sonho.
E não mais sonhar. Nem mesmo acordado.
Só não contava de ser hipótese.
Porque, se era uma vez, deveria ser única.
Mas não foi. Ao contrário, duas, três. Quatro, talvez.
E, se por natureza, é contraditória.
Então, deveria se chamar antítese.
Contraponto. Contra-senso.
Contrário. Não hipótese. Ou não.
Era para ser início sem fim.
Pelo menos, o meio. Metade.
Porque assim, talvez, fosse equilíbrio.
Mas era o início do fim.
Destampado. Desmascarado. Incontido.


Era para ser aprendizado.
Porque toda história tem sua lição.
Mas tratou logo de ser dor, lágrima, mágoa.
E mesmo assim, cumpriu sua missão.

Era para ser de inestimável valor.
Tal como uma relíquia. Um objeto de museu.
Ao contrário, era tão barato que não tinha valor algum.
Estava em qualquer esquina. Bastava procurar. Achava


Era para ser exceção.
Especial.Mas fazia parte da regra.
Era senso comum. Sem diferencial algum.
Não se fez atrativo. Criativo. Exclusivo

Era, por fim, para ser humano.
Com falhas, erros, defeitos.O passo incerto.
A decisão cheia de incerteza.
O olhar buscando o apoio.

Havia saída. Outro jeito. Outra porta.
Optou errado, meu caro!
Preferiu o orgulho. A glória da vitória por si só.
Como um super herói. De roupa e tudo.
Escolheu a solitária conquista...
E, então, pergunto eu: que conquista?


domingo, 14 de setembro de 2008


Eu sou o semblante triste
O sorriso curto e ainda tímido
Por traz dos olhos de esfinge
Se esconde um vulto, ou espírito
Dentro da minha alma
Existe uma necrópole
De vampiros suicidas
Mortos de overdose
Fragmentos de poesia,
Anjos loucos num calabouço
Acusados de heresia
E torturados pelo fogo
São vagas todas as lembranças
Da insânia ingênua e lua fria
Fui traído pela falsa santa,
Na neve branca da melancolia
Assim ao amor dos mortais
Prefiro a solidão dos Anjos
E a minha condição fugaz

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Do céu ao inferno








Será que eu não sabia nada?
Será que e
Não posso mais viver no escuro
Rezando pra sairNum mundo em que eu não acredito
Não posso existir
E no fim
Se você quiser ficar
Nem tente descobrir
A verdade, pouca gente sabe
A verdade, doí...
Algumas coisas se passaram
E eu acho que eu não vi
O mundo inteiro já sabia
Só hoje eu entendi
Preciso me mudar de novo
Não fico mais aqui um mundo em que eu não acredito
Não posso existir
E no fimSe você
já descobriu
Por que não sai daqui?
A verdade, pouca gente sabe
A verdade, doí... u aprendi?
Pessoas que me cercam mentem
Só hoje eu descobri

sábado, 14 de junho de 2008

Amor platonico



eu sou apenas alguem
ou ate mesmo ninguem
talvez alguem invisivel
que a admira a distancia
sem a menor esperanca
de um dia tornar-me visivel
e voce?
voce é o motivo
do meu amanhecer
e a minha angustia
ao anoitecer
voce é o brinquedo caro
e eu a crianca pobre
o menino solitario que quer ter o que não pode
dono de um amor sublime
mas culpado por quere-la
como quem a olha na vitrine
mas jamais podera te-la
eu sei de todas as suas tristezas
e alegrias
mas voce nada sabes
nem da minha fraqueza
nem da minha covardia
nem sequer que eu existo
e como um filme banal
entre o figurante e a atriz principal
meu papel era irrelevante
para contracenar
no final
no final
no final

domingo, 25 de maio de 2008









A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença.
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.
Muita gente infeliz assim não pensa;
No entanto o mundo é uma ilusão completa,
E não é a Esperança por sentença
Este laço que ao mundo nos manieta?
Mocidade, portanto, ergue o teu grito,
Sirva-te a Crença de fanal bendito,
Salve-te a glória no futuro - avança!
E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na voz da Morte a me bradar, descansa!






Augusto dos Anjos