sábado, 16 de outubro de 2010

UNIVERSO SURDO



Tecendo os dias de negritude

Tantos danos ao querer...

Tantos anos ao sofrer...

Tantos planos ao perder,

Tantos dramas sem viver.

Nasce a lua e ainda não é noite

E o tempo já respira o silencio das estrelas...

Eu me regresso ao berço do universo

A única liberdade que exerço,

A de ser livre para pensar

Da paranóia caótica á paciência

Encontro-me ausente.

A falta de mim, por onde fui, quem sou?

Minha vida consagrada ao arbítrio proibido.

O proibido arbítrio de espírito

Que aprisionasse em minha alma,

Sufoca meu coração mudo vazio

A claridade insistente da luz, os raios...

As nuvens arrastadas pela negritude,

mais um dia frio de outono se acaba.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010


Dá sombra, se fez a forma
Dá forma, se acabou o encanto
Do encanto sobrou o desencanto
Da noite segura
Surgiu a insegurança
De tanto medo obteve a coragem
Da coragem a decepção
Da incensastes o desengano
Engano tão profundo
Que passou sem ser notado
E fez salta do fundo
Palavras empedradas
Que a muito ninguém tropeçava
E assim surgiu a noite mal acabada
Os raia do sol de quem viu a madrugada
Reinventando as virtudes abandonadas
Quando eu me perguntava
Se o sonho não terminava
Até eu decidir acorda
Dessa rápida loucura nunca imaginada
Que vou guarda na lembrança
Sem nenhuma magoa...

(ass: com o singelo pseudômino de By Arqueiro solitário)



domingo, 7 de fevereiro de 2010

AMIZADE

“Derramei uma lágrima, porque eu sinto sua falta
Eu continuo bem para sorrir ““.

Quando você sente suas mãos algemadas
Suas palavras presas e mudas
A morbidez dos dias, e os pensamentos
Confusos...
É porque você se culpa por ter vida
Por ter sido mais fraco que a melancolia
Quando seus amigos não são mais seus amigos
Você percebe o tempo perdido
Tempo o mais cruel dos assassinos
Aquele que rouba sua alma
E deixa você preso num corpo terreno
Sem a esperança, sem sua alma
Sem seus amigos, sem vida
Na sombras de uma negritude que não conhece luz
Então é a hora da aceitação
Seu destino lhe traiu
Deixou você sonhar para roubar sua realidade
E prender você no mundo dos mortos
Na paranóia da ilusão que vai perturbar
Você todas as noites
Na mais completa solidão
Onde você mesmo se abandona
E o que sobra?
É apenas um vazio, um buraco negro
Qual você jamais vai achar seu fim
E nem a luz, essa luz que nunca iluminou seus caminhos
Caminhos que você nunca pensou em voltar
Porque não existe volta...
Assim é nascer...
Isso é a vida...
Ninguém queria, ninguém desejou...
Eu não queria, mais não consegui evitar...

domingo, 24 de janeiro de 2010

Cápsula do tempo.


Retrato de mais um dia
um dia como outro qualquer...
Á dias que chove muito, e eu gosto de chuva!
Minha memória floresce lembranças
Nos meus olhos, marca do passado.
Em meu peito uma fortaleza chamada coração
Guardando vários sentimentos diferentes
Que prefiro deixar...
Guardar apenas para mim mesmo
Às vezes nossos sentimentos,
Nos faz tomar decisões não racionais
Entre errar ou acerta
Aprendi com o passado
Com as historias que passei
Com as pessoas que conheci
Com as amizades que conquistei, com amigos que já se foram...
Deixando o vazio e a lembrança
Onde a sombra do medo, controla o passar do tempo.
Sentenciando-me a solidão ...

sábado, 9 de janeiro de 2010

ABSTRATO



Não tente, você não sabe não me entende...
Essa essência mórbida que me abita
e nada vale fugir e não sentir mais nada.

A chuva escorrendo pelos vidros da janela do quarto
lembro-me quantas fases da vida já passei
guardo tudo na memória para mim mesmo.

Tristeza e bons momentos lado a lado
erros e acertos, planos e frustrações...
Que escorrem nas noites frias e vazias
não que eu seja vivido ou experiente...
Mais eu observei tudo,
sei que ninguém morre de tristeza...
apenas se vive triste

De verdades e mentiras
muitas coisas aconteceram
muitas pessoas se pássaro
muita gente se foi sem nunca ter dito adeus
sem ao menos contar uma verdade
apenas deixando a ausência

Agora os dias serão sempre os mesmo
vou deixa a vida voar, para a direção que o vento soprar...
Tempestades, invernos e solidão eu encontrarei
noites de luas onde estrelas brilham quem nem chamas
na escuridão do céu.